Semanas (talvez meses) atrás, fui sugado pelo texto escrito por Gustavo Poli, em sua coluna no jornal O Globo, que explicava, com boas doses de ironia, a situação bizarra ocorrida durante uma partida do Campeonato Baiano de 2025: em uma noite que tinha tudo para ser esquecível, uma cena inesquecível aconteceu: um peteleco biônico, daqueles que vemos apenas no mundo da fantasia – em filmes de super-heróis ou em desenhos como Dragon Ball – desferido em pleno jogo de futebol.
Em um meio tão chulo como às vezes é o futebol, com velados e não tão velados socos e cotoveladas e outras coisas bem menos nobres permeando as microdisputas do espetáculo, um peteleco chega a soar quase bonitinho, inocente. Mas este foi bizarro, porque após o choque do dedo estilingado de Matheus Firmino, da Jacuipense, em Rodrigo Nestor, do Bahia, a vítima da ação se jogou ao chão como se tivesse sido atingido pelo punho de Mike Tyson – na súmula, o árbitro descreveu o ato como “conduta violenta”.