Foi em um início de junho que Neymar chegou em Barcelona para realizar um grande sonho: desfilar nos gramados europeus usando o mesmo azul e grená que, décadas antes, havia transformado outros brasileiros em estrelas mundiais. Em uma época ainda de dúvidas sobre quem era o melhor do mundo entre Messi e Cristiano Ronaldo, a certeza naquele 2013 indicava que o sucessor de ambos como protagonista maior do futebol seria aquele habilidoso menino que acabara de se transformar no camisa 10 da seleção brasileira.
Uma década depois, o roteiro se mostra diferente do esperado. A história de Neymar no Velho Continente é dividida entre Barcelona e PSG. Se o documentário “Neymar: o Caos Perfeito” (NetFlix) mostrou o astro se retratando, ao mesmo tempo, como o herói Batman e o vilão Coringa, a camisa catalã simboliza grande parte de seu sucesso... enquanto a do PSG é mais ligada às decepções que, no saldo geral, deixam no ar a sensação de que o ex-santista poderia ter alçado voos mais altos do que conseguiu até aqui.