Wellington Nem está "esquecido" no futebol ucraniano. Depois de uma rápida passagem pelo Fluminense por empréstimo no segundo semestre de 2019, onde fez 20 jogos e marcou um gol, o atacante retornou ao Shakhtar Donetsk em janeiro de 2020 já sabendo que não seria aproveitado.
Com uma legião de brasileiros no elenco principal, a equipe dirigida pelo português Luís Castro tentou nos últimos meses a todo custo a saída de Nem, que ainda tem contrato válido até junho de 2021. Sem sucesso. A princípio, uma rescisão também está descartada por ambos os lados.
Do Brasil, entre sondagens e conversas informais, o único clube a oficializar recentemente uma proposta foi o Fortaleza, a pedido de Rogério Ceni, com quem o jogador de 28 anos havia trabalhado no São Paulo no começo de 2017. O atacante, no entanto, recusou o convite, mesmo com o Shakhtar disposto a pagar todo o salário.
Com o mercado europeu fechado e fora dos planos da comissão técnica, Wellington acabou despromovido ao time B, que é formado basicamente por atletas com menos de 21 anos. De longe, acompanha os 13 compatriotas, entre eles Alan Patrick e Taison, liderarem com folga a liga ucraniana, com 14 pontos de vantagem para o rival Dínamo de Kiev, e participarem da fase decisiva da Liga Europa (oitavas de final, contra o Wolfsburg).
Revelado pelo Fluminense, tendo sido um dos principais destaques do grupo que foi campeão brasileiro em 2012, Nem foi negociado com o Shakhtar Donetsk em 2013, a troco de aproximadamente 9 milhões de euros (na época, R$ 25,5 milhões). Até teve um início promissor na Ucrânia, mas, aos poucos, foi perdendo espaço, ao ponto de agora ser visto como "dispensável".