Mesmo com os títulos de Campeonato Paulista, da Libertadores e Copa do Brasil conquistados pelo Palmeiras em sua histórica campanha de 2020, Gabriel Veron queria muito mais. Se o clube que o revelou teve uma das melhores temporadas de sua existência, pessoalmente a promessa de craque, eleito melhor jogador no Mundial sub-17 conquistado pela seleção brasileira em 2019, também ficou marcado pelo excesso de lesões. Ainda assim, a habilidade demonstrada ao longo de 37 jogos fez do atacante o jogador de clube brasileiro mais bem colocado na edição 2021 do prêmio Goal NXGN , que lista os melhores jovens jogadores do planeta na atualidade.
Veron, que foi o 34º colocado na edição passada , subiu como um foguete no ranking deste ano, terminando na 12ª posição. Dentre os jogadores brasileiros, só ficou atrás de Reinier (Real Madrid, emprestado ao Borussia Dortmund) na premiação. Apesar de ver suas oportunidades diminuírem por causa de lesões, o atacante de 18 anos mostrou-se decisivo através de nove gols e quatro assistências – em jogos importantes das campanhas feitas tanto na Libertadores quanto na Copa do Brasil.
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E foi num clima de tranquilidade, mas já se cobrando para mostrar que conseguirá ir evoluir ainda mais, que o jovem recebeu a Goal Brasil para um bate-papo a respeito de sua última temporada, revelou grande admiração pelo hoje ex-palmeirense Dudu e o que espera para o futuro. Confira abaixo!
Você foi o jogador de time brasileiro mais bem ranqueado. Em 2020 já tinha aparecido em 34º e agora está em 12º... Você já esperava se firmar tão rápido no futebol profissional?
Próxima partida
“Ah, eu sempre trabalhei na base. O sonho de todo jogador da base é subir para o profissional e eu tive essa oportunidade. Eu sabia que o meu trabalho estava sendo bem-feito, então continuei trabalhando. Consegui me firmar e estou bem feliz. Estou trabalhando muito para que as coisas ainda possam melhorar muito”.
Qual era sua expectativa para o início da temporada 2020, e como você classificaria a sua temporada 2020 com o Palmeiras?
“Ah, para muitas pessoas, acho que eles possam ter pensado que minha temporada foi para ser esquecida pelo fato de eu ter lesionado muito. Mas, para mim, eu tiro esta temporada como aprendizado e como ano de adaptação. Eu me machuquei muito, mas sempre estive com o grupo. Trabalhando, recuperando.... tentava me recuperar o mais rápido possível para poder estar atuando em campo".
Silvia Izquierdo - Pool/Getty Images"Eu levo como um aprendizado. Por mais que eu não tenha jogado o bastante, a gente entrou para a história do clube. Foi um ano muito histórico. Para este ano, minha expectativa está muito maior, para que eu possa não ter estas lesões que eu tive em 2020 e para que a temporada seja muito boa”.
Qual foi o momento mais importante, pessoalmente, desta temporada para você?
“Acho que foi minha estreia pela Libertadores. Ficou marcado na minha vida, pelo fato de ser um campeonato que eu sempre assistia pela TV e eu tive este sonho realizado, de poder estar jogando com a camisa do Palmeiras, que é um time que... não tenho palavras, que foi quem me deu a oportunidade, e eu fico muito feliz com isso”.
Responsabilidade da base em 2020. Quando vocês começaram a temporada da Libertadores e Copa do Brasil, já pensavam no título logo de cara? Como funciona isso para um jogador que está acumulando experiência agora?
“Todo jogador quer ganhar, né? É sempre muito importante a gente estar podendo ajudar o clube, ganhando os títulos. Então a gente subiu tranquilo, porque a gente sabia que o trabalho que a gente estava fazendo na base estava sendo muito bem-feito. Então a gente ganhou esta oportunidade de subir no profissional, e a gente subiu bem tranquilo, mas com a responsabilidade já. Jogar no profissional do Palmeiras não é qualquer coisa. Então a gente subiu já pensando em ganhar, mas tranquilo, não com a cabeça cheia”.
Qual é o seu grande ídolo no futebol?
“O Dudu, pelo fato de sempre que ele pegava na bola ele queria resolver o jogo. E muitas das vezes ele conseguia, é um cara que vai pra cima sem medo. E o Cristiano Ronaldo, por ele querer sempre bater os próprios recordes”.
Quais são os jogadores. Além do Dudu e CR7, você sempre escala no videogame?
“O Neymar. Gosto muito do estilo de jogo do Neymar também... o Weverton, paredão, Gustavo Gómez, Sergio Ramos, o Viña, Danilo, Felipe Melo... o time do Palmeiras, né?”
Qual time você escolhe no videogame quando joga?
“É que eu jogo muito o PES, jogo o Brasileirão. Aí eu jogo com o Palmeiras”.
Tirando o Brasileirão, quais são os campeonatos que você mais gosta de ver?
“Eu vejo a Premier League, campeonato muito difícil, todos os jogos são difíceis e eu gosto de ver jogos assim. O Campeonato Espanhol, Campeonato Italiano também... eu vejo tudo. Gosto de ver tudo”.
Na Premier League tem uma predileção pelo City por causa do Gabriel Jesus?
“O Gabriel Jesus, eu tiro ele como exemplo também. Um jogador excelente, que sempre trabalhou para chegar no topo. Hoje está no Manchester City, é um exemplo pra mim, pra minha carreira, e de poder trilhar os mesmos passos que ele”.
Se o Palmeiras tivesse dinheiro infinito, quais seriam os três jogadores que você contrataria para o time?
“Voltaria o Gabriel Jesus, voltaria o Dudu.... Cristiano Ronaldo também”.
GoalAté onde o Gabriel Veron pode chegar?
“Primeiro”.
É o objetivo sempre?
“Sempre”.
O que a gente pode esperar do Gabriel Veron no Palmeiras nesta temporada 2021?
“Estou trabalhando para que essas lesões desapareçam. Foi muito ruim pra mim, no começo da minha carreira, ter essas lesões, mas 2021 vou trabalhar muito. Estou me fortalecendo, de manhã e de tarde, pra que em 2021 isso não aconteça e eu possa mostrar meu melhor futebol atuando em campo”.
A importância do Luxemburgo, que deu muito espaço para os garotos da base durante sua passagem, e para o Abel Ferreira, em uma frase
“Gratidão ao Luxemburgo, pelo fato de ter dado a oportunidade para a gente começar no profissional... e gratidão ao Abel Ferreira por ter permanecido com a gente aqui em cima e ter dado tudo certo”.
Qual jogador do Palmeiras tem o apelido mais avacalhado?
“O Rony. Tatu (risos)”.
Alguma explicação?
“Hmmm... é um animal, não sei se tem por aqui por São Paulo, mas no Nordeste tem muito tatu e ele se parece muito. O formato do rosto dele”.