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Infantino dá discurso polêmico em defesa da Copa do Mundo no Qatar

A um dia da abertura da Copa do Mundo de 2022, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, concedeu entrevista coletiva, na manhã deste sábado, em Doha, no Qatar, rebatendo algumas críticas à competição e se colocando a favor das minorias.

O mundial de seleções, que tradicionalmente é realizado no meio do ano, será disputado entre os meses de novembro e dezembro de 2022, para evitar as altas temperaturas do Qatar entre junho e julho. Este é apenas um dos pontos que vêm gerando polêmica em relação à Copa do Mundo e a escolha do país-sede.

O governo catari também vem sendo criticado por conta do tratamento dado às minorias ao longo de sua história e, na manhã deste sábado, Infantino tentou fazer um discurso a favor da população que enfrenta dificuldades no Qatar.

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“Hoje me sinto catari, hoje me sinto árabe, hoje me sinto africano, hoje me sinto gay, hoje me sinto deficiente, hoje me sinto trabalhador migrante [...] Eu sei como é ser discriminado... Sofri bullying porque era ruivo", declarou o mandatário da Fifa.

Infantino saudi(C)Getty Images

De forma mais ampla, Infantino atacou as críticas contra o país, afirmando que esta “vai ser a melhor Copa do Mundo da história”.

"Não estamos pedindo que ninguém se cale, cada um pode falar o que quiser, o que pensa. Mas é verdade que a mensagem principal é apostar no futebol. Não é correto usar o futebol para outras coisas", argumentou.

"Acho que as mudanças que estão acontecendo no Qatar não teriam acontecido tão rapidamente sem o envolvimento da Fifa. Não podemos tomar posição, devemos promover os direitos humanos, causas que façam com que as pessoas se reúnam."

Por fim, Infantino disse que as críticas à Copa do Mundo são “injustas” e, ainda por cima, chamou os críticos de “hipócritas”, pontuando que os europeus devem pedir desculpas pelos próximos três mil anos antes de qualquer “lição de moral”.

"O que está acontecendo neste momento é profundamente injusto. Os críticos da Copa do Mundo são hipócritas. Pelo que nós, europeus, fizemos nos últimos três mil anos, devemos nos desculpar pelos próximos três mil anos, antes de dar lições de moral aos outros. Essas lições de moral são apenas hipocrisia."

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