Allianz Parque PalmeirasGetty Images

Responsável por gramado do Allianz Parque responde vice do Flamengo: "É padrão Fifa"

A rivalidade entre Palmeiras e Flamengo ganhou novos capítulos às vésperas da partida que acontece neste sábado (8), às 21h (de Brasília), no Allianz Parque, pela 14ª rodada do Brasileirão. O gramado do estádio tornou-se alvo do clube carioca e foi defendido pela empresa que o produziu.

O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, detonou os gramados sintéticos do país dias antes do jogo contra o Palmeiras, que usa o material no Allianz Parque. O fabricante da grama do estádio, Alessandro Oliveira, da Soccer Grass, respondeu ao dirigente em uma entrevista exclusiva à GOAL.

"A gente tem que deixar claro que a bola rola igual, todos os testes da FIFA são para ver se a bola rola igual em grama natural. São feitos todos esses testes para ver se está no padrão correto. O diferencial é ter a regularidade do primeiro ao 50º minuto do segundo tempo. Tudo isso faz diferença, porque a qualidade do jogo é a mesma a todo instante, do primeiro ao último minuto", disse à reportagem.

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Alessandro Oliveira cita os testes laboratoriais feitos pela FIFA anualmente — uma empresa parceira da entidade avalia o gramado para emitir um certificado permitindo jogos internacionais. Em 2023, a visita aconteceu em fevereiro, em meio ao feriado de carnaval no país. O empresário ainda reforça que a grama usada no Allianz Parque permite uma agenda de eventos sem prejudicar o futebol.

"É um futebol funcionando como deve funcionar. Eu vi um lance do Hulk em que ele escorrega no Mineirão. O que a gente tem feito é melhorar os equipamentos esportivos dos estádios. Pela agenda de eventos, shows e pelo projeto, afeta muito o gramado. Qual a forma de corrigir isso? Usar o gramado sintético. Se fosse outra modalidade, como ele [Marcos Braz] disse, a Fifa não aprovaria, não colocaria a chancela dela", concluiu.

A resposta da Soccer Grass veio por causa de uma declaração recente de Marcos Braz sobre o gramado do Maracanã. O vice-presidente flamenguista descarta utilizar grama artificial no local.

"Para resolver o problema do gramado do Maracanã, faz como estão fazendo no futebol brasileiro, que já tem três ou quatro times jogando no sintético. Não sei até onde vai isso. Nossa liga vai ser a mais bonita que tem, 11, 12, 15 times jogando no sintético, que é outro esporte. Se não tiver freio isso, daqui a pouco são sete, oito estádios com sintético", disparou o dirigente, que teve endosso do diretor de futebol do clube, Bruno Spindel:

"Só para deixar de novo clara a questão do sintético e a posição do Flamengo: o clube é contra os gramados sintéticos. A gente entende que é outro esporte jogado nele. Pela nossa experiência de pós-jogo, (o gramado sintético) é prejudicial à saúde dos jogadores. O departamento médico pode falar melhor isso. O prazo de recuperação do sintético (para os atletas) é muito maior. Você tem uma série de intercorrências depois de jogador no sintético. Somos terminantemente contra", concluiu.

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