Rodolfo Landim, Flamengo campeão da Libertadores 2022Gilvan de Souza/CR Flamengo

Política no Flamengo ferve e aliados querem esticar mandato do presidente Rodolfo Landim

A política no Flamengo ferve neste momento não só pelos resultados ruins dentro de campo, sob o comando do técnico Vitor Pereira, mas principalmente pelo futuro do clube. Há um movimento interno de conselheiros para colocar em pauta uma emenda que visa ampliar o mandado do atual presidente Rodolfo Landim. O tema já causa grande polêmica internamente.

José Carlos Peruano, ex-candidato à presidência do Flamengo, enviou à secretaria uma proposta de emenda para permitir que Rodolfo Landim tenha um terceiro mandato, o que é proibido pelo estatuto do clube e se sobrepõe ao Profut.

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Por outro lado, aliados de Landim acreditam que podem conseguir uma brecha sem utilizar a reeleição. O caminho seria estender o mandado por mais um ano. O tema é discutido internamente, ainda que sem muito alarde.

Em contato com o jornal “Lance” Rodolfo Landim não descartou a possibilidade, apenas se limitou a dizer que isso precisa ser discutido e amadurecido com os grupos de apoio. Quem defende uma ampliação de contrato alega seria importante para evitar um grande racha na diretoria e seguir o atual modelo de gestão.

Além disso, a “Copa do Mundo dos Clubes”, nova competição da FIFA em que o Flamengo tem vaga garantida, virou uma muleta. Há quem defenda que o Rubro-Negro precisa de um grande planejamento para disputar a competição e uma troca de comando seria prejudicial.

Por outro lado, membros da oposição ligam o sinal de alerta e se mostram totalmente contrários à possibilidade de esticar o mandato do atual presidente. Vale lembrar que, ao ser eleito pela primeira vez, em dezembro de 2018, Landim garantiu que não concorreria a uma reeleição, o que não aconteceu.

SAF no Flamengo

O tema da moda no futebol brasileiro também chegou aos corredores do Flamengo, ainda que o discurso seja o de analisar o mercado antes de dar qualquer passo. A atual diretoria, no entanto, tem uma ideia preferida: um modelo que permita ter mais controle. O autor da lei, Carlos Portinho, foi à Gávea palestrar sobre o tema.

Fontes ligadas à diretoria garantem que, neste momento, não há intenção de transformar o Flamengo numa SAF, mas o tema precisa ser abordado e estudado. O entendimento é de que seria uma situação para o futuro e que o clube está bem como está. Não há no Brasil outra agremiação que arrecade mais de R$ 1 bilhão, como é o caso do Rubro-Negro, logo, os atuais modelos não seduzem.

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